Ação em marília acusa grupo abril de preconceito e cobra danos morais coletivo.


Ação em marília acusa grupo abril de preconceito e cobra danos morais coletivo.
O advogado mariliense Fabrício Dalla Torre Garcia protocolou na Justiça Estadual da cidade uma ação de indenização contra a revista Exame, do grupo Abril, com pedido de retirada do ar e obrigação de postagem de retratação por uma publicação considerada preconceituosa.

A ação pede ainda que a revista seja condenada a pagar indenização por danos morais ao autor e indenização por danos morais coletivos, em montante a ser fixado por este Juízo, a ser direcionado a entidade social que busque a inclusão de pessoas carentes no mercado de trabalho, através de cursos de capacitação técnica, ou ensino de idiomas estrangeiros.

Em reportagem sobre novos estágios no grupo Google, a Exame divulgou texto com o título “Com foco em negros, Google lança pela 1ª vez estágio sem exigir inglês”.

“O autor é negro, e ao ler a notícia ficou chocado e indignado com a conotação trazida pela chamada da reportagem, visto que a mesma, sem maiores esforços interpretativos sugere que o estágio fornecido pelo Google seria direcionado aos negros pois os mesmos não sabem o idioma inglês, colocando como destaque da chamada uma personagem negra”, diz a ação, assinada pelo advogado Henrique Fernandez Neto.

A petição indica que o texto da matéria e o edital lançado pelo grupo Google não fazem indicação expressa de que as vagas são dedicadas exclusivamente a candidatos negros.

Segundo a acusação, a “chamada do periódico busca destaque pejorativo ao negro e o autor, indignado, maculado em sua honra e orgulho não só de sua tez, mas de toda a história de luta do negro no Brasil”.

A petição diz que a publicação de forma clara valorizou a abertura a profissionais negros vinculados à falta de segundo idioma.


Aponta ainda que uma simples inversão na apresentação de informações e distinção entre as duas propostas inclusivas do estágio – o fim da exigência de conhecimento em inglês e a abertura de mercado para negros – poderia ter evitado o problema e cumprido melhor o papel de informar.

FONTE: GIRO MARÍLIA
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